O dia 5 de junho foi instituído pela ONU como o Dia
Internacional do Meio Ambiente. A eleição desta data correspondeu ao primeiro
dia da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano realizada no período de
5 a 16 de junho de 1972.
Até as primeiras décadas desse século havia uma crença sobre
a inesgotabilidade dos recursos da natureza e falta de consciência ambiental na
relação entre homem e natureza. A partir
dos meados do século começaram surgir os impactos nocivos da industrialização
nos países considerados desenvolvidos.
Três acontecimentos soaram como alarmes disparados acenando
sobre os problemas ambientais,. O “Smog” que na Inglaterra causou a morte de
oito mil pessoas. A Inglaterra recuperava-se do pós-guerra, havia exportado o
carvão de melhor qualidade e utilizava um carvão inferior, rico em enxofre, o
grande nevoeiro ao qual estavam habituados, naquele ano de 1952 provocou uma
inversão térmica, a fumaça penetrava facilmente em ambientes fechados, a
contaminação fez vítimas principalmente entre as crianças, os idosos e pessoas
com problemas respiratórios dizimando milhares de pessoas por este fenômeno. Outro
acontecimento que gerou movimentos populares e participação jurídica e da
imprensa foi a poluição da Baía de Minamata, no Japão; espalhou vítimas naquela
região em decorrência dos dejetos da indústria provocar grande número de mortes
e dos efeitos incapacitantes provocados pela alimentação com peixes
contaminados pelo mercúrio. Vale ressaltar também o uso dos inseticidas denunciados
por Rachel Carson, zoóloga, bióloga e escritora americana, homenageada com a
Medalha Presidencial da Liberdade e que no livro “A Primavera Silenciosa” menciona
o silêncio do canto dos pássaros em decorrência da aplicação do DDD,(dicloro
difenil tricloroetano), agrotóxico utilizado nas culturas agrícolas e que contaminava
a água, o solo e matava animais.
Em seguida, vieram também advertências sobre a extinção
de espécies e a necessidade de preservação da natureza como aquelas da Expedição de Jean Jacques
Cousteau em defesa das futuras gerações . Também a reunião dos cientistas conhecida
como Clube de Roma que em 1968 já denunciavam problemas ambientais, inclusive, alertando
com a publicação sobre “Os Limites do Crescimento”.
A eclosão de problemas ambientais como secamento de
rios e lagos, poluição do Mar Báltico, inversão térmica, ilhas de calor, poluição
do ar, aceleração da exploração dos recursos naturais, modificações de
paisagens, crescimento econômico desenfreado e o acelerado crescimento das
cidades induziram a necessidade da organização da Conferência com o objetivo
dos países ajudarem-se mutuamente. A ONU organizou então a Primeira Conferência
Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente.
Essa Conferência realizada na capital da Suécia
discutiu o controle da poluição do ar, a chuva ácida e diversos outros problemas ambientais. Dela
participaram 113 países e 400 instituições governamentais e não governamentais.
Como produto das pesquisas e debates houve a elaboração
de um importante documento sobre os temas ambientais e a necessidade da preservação
e utilização dos recursos naturais. Foi um encontro marcante para o meio
ambiente visto que colocou em discussão a crescente população global, o tipo de
desenvolvimento econômico, a intensa exploração dos recursos naturais e a
poluição atmosférica.
Esse documento refletiu sobre a devastação do Planeta, os
efeitos do desenvolvimento em curso, a participação do homem na deterioração do
meio ambiente que lhe dá o sustento e a necessidade de amenizar as
discrepâncias sociais sem esquecer das questões ambientais. Conclama tanto os Estados
como a sociedade a enfrentar os problemas e agir em busca de soluções na
relação entre o homem e a natureza. Adverte que o homem tem a possibilidade de evitar
os desequilíbrios por ele causado à natureza e que afetam e degradam sua saúde
física, mental e social.
Fontes de consulta
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/296/rachel-carson-ciencia-e-coragem
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